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Mostrando postagens de junho, 2024

domingo à noite dá vontade de roer o braço

isso aqui é um diário, certo? fico repetindo isso para mim mesma. um diário público, logo, não exatamente o melhor dos diários. mas um diário no sentido de lugar em que anoto as sensações e os pensamentos de um momento. mesmo com falta de detalhes.  estou angustiada!  escrever é, dentre tantas coisas, uma tentativa de elaboração da angústia. não quero ter que resolver a angústia andando com uma corda no bolso. essa não é uma piada sobre suicídio. estou tão angustiada que estou me vendo na necessidade de explicar piadas.  o mestrado está na reta final. na reta final apenas no pior dos significados: o tempo está acabando, os meses estão correndo, eu nunca vi os dias correrem tão rápido. meu texto não está acabando, ele também não corre rápido, ele se enrola nele mesmo, demora, hesita. isso é enlouquecedor. parece que estou esperando pelo impossível milagre do dia em que vou sentar na frente do computador e as ideias que estão na minha cabeça vão sair perfeitamente ordenadas...

primeiro eu quero falar de sexo

tem algo realmente prazeroso em me dar a liberdade de escrever com uma frequência ridícula e absurda textos que não servem pra nada. tudo é sempre muito mais gostoso que a dissertação de mestrado. é engraçado que por essa página, dá até pra acessar meu blog da adolescência e constatar minha constância. o que isso tem a ver com sexo? bom, faz parte ter uma introdução. eu acho que sou uma pessoa meio "sexo [emoji de coração]". mas não de um jeito emoji de berinjela emoji de lábio sendo mordido emoji de pêssego emoji de gotas de água . mais de um jeito emoji de folha emoji de sol emoji de risadinha encoberta emoji de coração incendiado . tem um tweet que diz que sexo é a coisa séria mais engraçada que existe. um tweet muito querido. não sei como encontrá-lo. enquanto escrevo isso, deveria estar fazendo coisas do trabalho. a livraria está uma bagunça e isso me aflige. eu não tenho problemas com bagunças, no geral. mas aqui eu tenho. não deveríamos ser uma loja apresentável? acho ...

horrível ter que trabalhar quando minha verdadeira vocação é escrever tweets

eu não sei o porquê, mas toda vez que eu escrevo, sempre sinto que parece que estou falando muito sério. às vezes, eu estou falando muito sério. mas eu sei como é que eu existo todos os dias e no fim das contas, eu sou apenas mais uma cearense. o país da comédia. e tudo o mais.  escrever um blog é como escrever um diário e escrever um diário é melhor do que escrever uma dissertação. chega a ser ridículo o quão difícil está sendo o processo de escrever a dissertação. acho quase engraçado, como achamos engraçados nós mesmos fazendo alguma burrice. é tão difícil assim mesmo? e todo mundo concorda que é. e todo mundo concorda que a única forma de lidar é de fato escrevendo. e eu me deparo com o motivo do meu riso, que é: eu gosto de escrever, afinal. escrever é muitas vezes um prazer. e escrever é muitas vezes também uma dor prazerosa. na dissertação, não. escrever é apenas uma dor. um parágrafo demora muito, muito tempo. se eu sempre tivesse tido dificuldades com meus textos acadêmico...

sonhei que namorava o peter capaldi

ele era mineiro no sonho. estávamos em uma festa na casa de minha amiga sacha. peter capaldi queria me tornar imortal, sendo ele mesmo imortal. essas informações sonhadas são sempre interessantes: no sonho, nada é de fato apresentado. quem sonha sabe . então eu sei que o peter capaldi era mineiro. sei que ele era imortal. sei que ele queria fazer um procedimento comigo que também me imortalizaria. a casa da sacha não é a real casa da sacha, mas é a casa da sacha. peter capaldi apertava meu tornozelo e eu sentia uma dor aguda e boa. será que era uma cãibra?  algo que me interessa nos sonhos. mais do que a experiência vivida, está tudo na forma de contar. digo mais  porque, evidentemente, a experiência vivida também está na forma de contar. como você conta dela para si mesmo, como você conta dela para os outros. só que a experiência vivida, geralmente, está relacionada a outras pessoas também, que narram para si e para outras de formas diferentes. uma coisa que sempre me impress...